A Polícia Civil de Minas Gerais finalizou as investigações relacionadas a um caso de tortura que ocorreu no bairro Guarani, em Conselheiro Lafaiete. Dois homens foram indiciados por sua participação no ato violento, que chocou a comunidade local e ganhou notoriedade após a divulgação de um vídeo nas redes sociais. O crime, que teve lugar em agosto deste ano, expôs a brutalidade do que foi considerado um ato de violência extremo.
De acordo com a delegada Gláucia Rodrigues, responsável pela condução do inquérito, a gravidade da situação atesta uma violação severa da dignidade humana. “Os acusados, um deles já conhecido por suas atividades relacionadas ao tráfico de drogas, tentaram assumir um papel que não lhes pertence ao aplicar o que eles consideram ‘justiça’ com as próprias mãos”, afirmou a delegada.
As apurações tiveram início após a distribuição do vídeo em grupos de troca de mensagens, onde foi possível observar a humilhação infligida a um homem de 48 anos, submetido a torturas com o intuito de obter uma confissão sobre um suposto furto. O registro nas imagens mostra a vítima sendo agredida e, em um ato ainda mais cruel, os agressores jogaram gasolina sobre as lesões e atearam fogo, resultando em queimaduras severas.
Com as evidências coletadas, a Polícia Civil solicitou à Justiça ordens de busca e apreensão, além de mandados de prisão preventiva contra os indivíduos retratados no vídeo. Um dos suspeitos, de 44 anos, já foi detido, e durante a operação policial, outro homem foi apreendido com substâncias ilícitas. O delegado regional, Mauricio Carrapatoso, informou que as buscas continuam em busca do segundo envolvido, um jovem de 18 anos, que ainda permanece foragido.
